sábado, 15 de novembro de 2025

CULTURA AFRO-BRASILEIRA

A contribuição dos africanos e seus descendentes que influenciaram sobremaneira a formação cultural brasileira. A presença africana e afro-brasileira é notável na família, no vocabulário, na religião, na música, na dança, na culinária e na arte.

Moleque, quiabo, fubá, caçula e angu. Cachaça, dengoso, quitute, berimbau e maracatu. Todas essas palavras do vocabulário brasileiro têm origem africana ou referem-se a alguma prática desenvolvida pelos africanos escravizados que vieram para o Brasil.

O fato de as escravas africanas terem sido responsáveis pela cozinha dos engenhos, fazendas e casas-grandes do campo e da cidade permitiu a difusão da influência africana na alimentação. São exemplos culinários da influência africana o vatapá, acarajé, pamonha, mugunzá, caruru, quiabo e chuchu. Temperos também foram trazidos da África, como pimentas, o leite de coco e o azeite de dendê.

No aspecto religioso os africanos buscaram sempre manter suas tradições de acordo com os locais de onde haviam saído do continente africano. Entretanto, a necessidade de aderirem ao catolicismo levou diversos grupos de africanos a misturarem as religiões do continente africano com o cristianismo europeu, processo conhecido como sincretismo religioso. São exemplos de participação religiosa africana o candomblé, a umbanda, a quimbanda e o catimbó.

Algumas divindades religiosas africanas ligadas às forças da natureza ou a fatos do dia a dia foram aproximadas a personagens do catolicismo. Por exemplo, Iemanjá, que para alguns grupos étnicos africanos é a deusa das águas, no Brasil foi representada por Nossa Senhora. Xangô, o senhor dos raios e tempestades, foi representado por São Jerônimo.

GANESHA: a história do menino que se tornou um deus

Conta um mito que Shiva, o deus das transformações, meditação e dança, iria fazer uma viagem em função da expansão de sua consciência, com práticas espirituais.

Então o deus acabaria por deixar sua esposa Parvati, a Deusa dos laços afetivos, maternidade e harmonia, em casa, para que pudesse concluir sua tarefa de peregrinar pelo mundo, praticando as suas atividades espirituais.

Sozinha em casa, Parvati sentiu que precisava de alguém que a protegesse, enquanto seu esposo Shiva estivesse fora.Por ser uma Deusa de encantos femininos e fertilidade, criou uma pasta e moldou uma criança que lhe fizesse companhia e fosse fiel às suas ordens.

Assim surgiu um menino que ao longo dos anos, crescia e se dedicava a mãe, fazia-lhe companhia e a protegia dentro de casa. Um dia quando Parvati fora banhar-se, pediu que o menino ficasse de guarda e ordenou que ninguém deveria passar pela porta, assim foi feito.

Mas nesse mesmo dia, Shiva retornava de sua longa jornada meditativa e ao chegar em casa, viu que um menino impedia a sua entrada. Shiva não entendeu o que havia acontecido, pois quando havia partido, esse menino não existia.

Insistiu em dizer ao menino que ele morava naquela casa, mas continuou a ser impedido. Shiva por ser um deus de destruição, ficou furioso com a situação e acabou cortando a cabeça do garoto, entrou em casa e foi tirar satisfações com Parvati, que quando viu o ocorrido, em desespero e furiosa determinou que Shiva de algum modo trouxesse o menino de volta a vida, pois aquele era o filho do casal.

Shiva se deparando com a verdade e desejando o perdão da esposa, fora atrás da solução para reviver seu filho. Como Shiva é um deus e transmuta as possibilidades, conseguiu dar vida ao menino outra vez, com a cabeça do primeiro ser vivo que encontrara, um elefante.

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Lenda da Loura do Cemitério

Considerada uma das lendas urbanas mais antigas, a Loura do Cemitério é conhecida em várias regiões do Brasil. Segundo a tradição, ela costuma seduzir homens, pedindo carona ou companhia até sua casa. O mistério se revela quando eles percebem que o destino é, na verdade, a porta de um cemitério — ou até mesmo seu interior.

Essa lenda me faz lembrar de um relato contado por meu tio, que tinha o hábito de beber de vez em quando. Certa noite, voltando para casa, ele passou em frente a um salão de festas bastante movimentado. Curioso, parou um pouco para observar o baile. Ao sair e seguir caminho rumo à sua residência, foi abordado por uma mulher loura, muito bonita, que pediu para que a acompanhasse até sua casa.

Naquela época, década de 1970, os automóveis eram raros na região e a iluminação pública bastante precária. Meu tio, meio embriagado, respondeu que poderia caminhar ao lado dela, já que seguia na mesma direção. Ele contou que andaram juntos por um bom tempo, até que, chegando em frente ao cemitério, a mulher agradeceu e disse: “É aqui que eu moro.”

quinta-feira, 17 de julho de 2025

A LENDA DE SAKURA ( A flor da cerejeira)


 

A cerejeira é uma planta nativa do Japão, onde estão documentadas cerca de 300 variedades. Suas flores são conhecidas mundialmente por sua beleza e perfume suave. No Brasil, existem diversas espécies de cerejeiras plantadas por imigrantes japoneses que se estabeleceram principalmente nas regiões Sul e Sudeste, em cidades com clima subtropical e temperado.

Entre essas cidades estão São Paulo, Campos do Jordão e Curitiba, no Paraná, onde é possível apreciá-las em locais como o Jardim Botânico, o Parque Tanguá e a Praça do Japão. Elas florescem entre o final de julho e o início de agosto — período que marca o fim do inverno e a chegada da primavera.

Segundo as tradições japonesas, há uma lenda que ecoa através dos séculos — uma história de amor que celebra a beleza efêmera e a delicadeza da vida. É a lenda do Sakura, a flor da cerejeira, que se tornou um símbolo icônico da cultura japonesa.

RESENHA SOBRE DEFICIÊNCIA AUDITIVA

A deficiência auditiva, também conhecida como surdez, é uma condição que afeta a capacidade de uma pessoa de ouvir e entender sons de forma total ou parcial. Ao longo da história, a deficiência auditiva tem sido uma questão que impactou a vida de muitas pessoas em diferentes sociedades e culturas.

Nos tempos primórdios, antes do desenvolvimento da linguagem escrita e da educação formal, as pessoas com deficiência auditiva enfrentavam enormes desafios na comunicação e na participação social. Muitas vezes, eram marginalizadas e excluídas da sociedade. No entanto, existem relatos de comunidades antigas que desenvolveram formas rudimentares de linguagem de sinais para se comunicar com pessoas surdas, mostrando um reconhecimento primitivo da importância da comunicação inclusiva.

À medida que a sociedade evoluiu e surgiu a escrita, surgiram registros de abordagens para lidar com a deficiência auditiva. No antigo Egito, por exemplo, havia papiros que descreviam diferentes métodos de tratamento, como a aplicação de certas substâncias nos ouvidos. Na Grécia antiga, o filósofo Sócrates acreditava que a linguagem de sinais era uma forma eficaz de comunicação para pessoas surdas.

Foi apenas no século XVI que surgiram as primeiras tentativas sistemáticas de educar pessoas com deficiência auditiva. Na Espanha, o monge beneditino Pedro Ponce de León foi pioneiro no ensino de crianças surdas, utilizando principalmente métodos orais e de leitura labial. No entanto, a educação formal para surdos só começou a se desenvolver de forma mais significativa no século XVIII, com o trabalho do educador francês Abade Charles-Michel de l'Épée. Ele desenvolveu um sistema de comunicação baseado em sinais manuais que ficou conhecido como língua de sinais francesa e fundou a primeira escola pública para surdos.

segunda-feira, 14 de julho de 2025

OS CONTOS INFANTIS NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM INFANTIL

A literatura infantil desempenha um papel fundamental na vida da criança, contribuindo não apenas para a aprendizagem da linguagem, mas também oferecendo acesso ao imaginário coletivo. Como se sabe, a literatura infantil abrange diversos tipos de textos representativos, como as fábulas, os apólogos, as lendas, os contos maravilhosos, os contos de fadas, entre outros.

Desde o início da vida escolar, especialmente na Educação Infantil, é essencial trabalhar com textos que circulam socialmente, valorizando, assim, a literatura infantil. O contato frequente da criança com materiais de leitura é indispensável para despertar o gosto pela leitura, tornando-a um hábito e não uma atividade esporádica.

A literatura, e consequentemente a leitura, constitui um dos caminhos mais eficazes para desenvolver e estimular a formação de ideias, o que capacita o educando a produzir uma escrita coerente e lógica. É importante destacar que, por meio da leitura, a criança desenvolve a compreensão de si mesma e do mundo, vivenciando novas descobertas que contribuem significativamente para seu crescimento pessoal e social.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

RESENHA: CEM ANOS DE SOLIDÃO

Gabriel García Márquez, em "Cem Anos de Solidão", apresenta um dos maiores clássicos da literatura mundial, uma obra que funde o real e o mágico para narrar a saga da família Buendía na mítica cidade de Macondo. Publicado em 1967, o livro é uma das mais significativas representações do realismo mágico e consolidou García Márquez como um dos grandes escritores do século XX, valendo-lhe o Prêmio Nobel de Literatura em 1982.

A narrativa acompanha sete gerações da família Buendía, iniciada pelo casal fundador de Macondo, José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán. A história da família se entrelaça com a fundação, ascensão e declínio de Macondo, um lugar onde o extraordinário é cotidiano. Ao longo do romance, experimentamos o impacto de guerras, paixões, tragédias, amores impossíveis e segredos familiares, além de um ciclo recorrente de solidão que marca os destinos de cada personagem.

Temas Centrais
A solidão, presente no título, permeia cada aspecto da narrativa, desde a introspecção dos personagens até suas relações. Cada Buendía, de maneira particular, vive uma busca por pertencimento e compreensão, mas acaba sucumbindo a um isolamento emocional. Outros temas como o tempo, representado de maneira não linear, a repetição de erros e a busca incessante por sentido também são fundamentais. A obra explora ainda o poder, a violência e o misticismo, trazendo críticas sociais e históricas relacionadas à América Latina.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

O HOMEM AVARENTO


Em um passado bem distante, minha mãe contava um “causo real” sobre um homem chamado Lúcio conhecido por sua maldade e avareza. Ele era como os antigos coronéis do século XVIII, arrogante e autoritário, sua palavra era lei para os que o cercavam. A fama de Lúcio se espalhava longe, e todos os vizinhos da região o temiam. Ele vivia nas proximidades da casa da família da minha mãe, no interior de um município do Pará.

Segundo os relatos de minha mãe, Lúcio morava com a esposa e os filhos. Na casa dele, havia um pequeno comércio de variedades à beira do rio. Porém, o que ele ganhava raramente era usado para o bem-estar da família. Lúcio investia em terras ou escondia suas economias, sem partilhar nada. Sua esposa, submissa, vivia sob constante repressão. Até mesmo a alimentação em casa era racionada, e eles só comiam o que sobrava. Para piorar, seus fregueses viviam praticamente em regime de escravidão, trabalhando em troca de comida e abrigo.

Certa vez, em pleno inverno amazônico, quando a chuva era constante e os alimentos estavam escassos — peixe, caça e camarão eram difíceis de encontrar —, Lúcio decidiu que iria caçar um gavião para comer. Antes de sair, ordenou à esposa que colocasse água para ferver, pois, segundo ele, bastaria depenar o bicho quando o trouxesse. No entanto, sua caçada foi frustrada, e ele retornou de mãos vazias. Furioso, gritou para a esposa:
— Mata o galo, diabo!

A mulher, hesitante, respondeu:
— Se eu matar o galo, as galinhas não vão botar ovo...

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

CHINCOÃ: A AVE QUE ANUNCIA A MORTE

O Norte do Brasil é repleto de lendas fascinantes, e uma delas envolve o pássaro alma-de-gato, conhecido como chincoã ou tincoã. Esses nomes têm o significado de "pássaro-feiticeiro". Segundo a tradição, o canto do chincoã é presságio de morte: quem o escuta estaria com os dias contados.

Minha avó adorava contar a história de um homem chamado Chico e sua fatídica experiência com o chincoã. Ela sempre dizia: "Nunca se deve mexer com os bichos". Chico aprendeu essa lição de forma terrível.

Ele era um caboclo solitário, sem família, que vivia às margens do rio Amazonas, no interior do Pará. Homem rude e descrente, Chico dizia não acreditar em Deus nem em "visagens". Passava seus dias na mata, cortando estacas — pedaços de madeira usados para construir cercas. Para ele, não havia feriados ou dias santos. Todas as manhãs, saía cedo de seu barraco com machado e terçado na mão, pronto para o trabalho.

Certo dia, exausto e faminto, enquanto apontava estacas, Chico ouviu o canto de um chincoã próximo. Irritado, começou a xingar o pássaro:
— Te esconjuro, pássaro da morte! Vá de retro! Vá incomodar a tua mãe! Se não tens o que fazer, ao menos vem apontar as estacas no meu lugar!

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

HOMENAGEM A JOVEM CORDELISTA

 

É com alegria e admiração que faço essa pequena homenagem em reconhecimento ao talento de  Maria Eduarda a "jovem cordelista",  aluna da turma F9TR01 matriculada na escola de ensino fundamental Santa Mônica Breves-Pará. A referida aluna escreveu um cordel que foi selecionado entre vários,  e  escolhido para concorrer a uma premiação durante evento realizado na escola em alusão a semana Agostiniana, evento esse que acontece todos os anos no mês de agosto, que trouxe como Lema: “Aspiras ao grande começas pelo pequeno”. Esta frase pronunciada por Santo Agostinho em um de seus sermões (69,1,2) é o lema pedagógico e pastoral de todos os ministérios da família Agostiniana- Recoleta no ano letivo 2024. Maria Eduarda escreveu o cordel “VALORIZE O PEQUENO, CONQUISTE O GRANDE" se apropriando do lema trabalhado em sala de aula, que significa que para alcançar algo grande, é preciso começar pelo mais simples. Parabéns pelo segundo lugar! Esta é uma vitória que merece ser exaltada e celebrada, pois reflete não apenas o talento, mas também a dedicação e o amor pela arte da escrita. Que sua trajetória continue iluminada e cheia de novas conquistas. Estou ansiosa para ver aonde sua criatividade e seu talento a levarão a seguir. 

Com muito carinho e admiração.

Transcrição na íntegra do Cordel

VALORIZE O PEQUENO, CONQUISTE O GRANDE

(Autora: Maria Eduarda)

Na vida, o pequeno é a semente,

Que brota como amor, que cresce lentamente,

Um gesto singelo, uma palavra amiga

Faz florescer sonhos, e a alma abriga.

 

Valorize o pequeno, não tenha medo,

Na simplicidade está todo o segredo

Um sorriso sincero, um abraço apertado,

São tesouros que valem mais que um legado.

 

O grande é a conquista, fruto do esforço,

Cada passo dado, cada lição aprendida

Forma o caminho para vida querida.

Nos pequenos detalhes a beleza reside,

Um pôr do sol lindo que a mente decide.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

RESENHA DO FILME EU SÓ POSSO IMAGINAR

O filme “Eu só posso imaginar” retrata a trajetória de Bart Millard, vocalista da banda gospel MercyMe.  A narrativa nos apresenta Bart ainda criança (interpretado por Brody Rose), testemunhando a relação violenta de seus pais – e sendo ele próprio vítima da ira de seu pai Arthur (Dennis Quaid), que não só não respeitava seus sonhos, como fazia questão de destruir sua realidade. Bart teve uma infância cercada pela solidão e violência. sua mãe o abandona depois de manda-lo a um acampamento religioso, lá ele conhece Shannon, uma garota muito esperta e inteligente que se apaixona por ele. Ao retornar para casa sua tristeza só aumenta pela ausência da mãe, ele então é obrigado a viver com pai alcoólatra que bate nele constantemente.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

RESENHA DO FILME MUCIZE (O MILAGRE)


O filme é um drama turco, baseado em fatos reais. A história gira em torno do professor Muallim Mahir ( Talat Bulut). Em meados da década de 1960, ele foi enviado para uma região montanhosa da Turquia dominada por bandoleiros para lecionar em um pequeno vilarejo, o professor aceita o desafio por ser funcionário público e, assim assegurar os benefícios de uma futura aposentadoria.

Sua esposa se recusa a acompanha-lo. Ele então parte, primeiro de trem, depois de ônibus até o ponto final. Mas ali não tem nada, então o motorista lhe explica que atrás daquela montanha que ele aponta, há outra, e depois fica a aldeia. O professor então parte e chegando à aldeia é inicialmente recebido por vários homens que lhe apontam um rifle, até descobrirem que é o professor. Para grande surpresa Mahir descobre que ali não tem nenhuma escola.

Ele então toma uma decisão e liga para sua esposa dizendo que foi sequestrado pelos bandidos da montanha e que ela precisa enviar-lhe uma soma urgente, o que ela acaba fazendo. De posse do dinheiro para a construção da escola eles compram o material e retornam. Os bandidos da montanha chegam para ajudar na construção. 

Lenda do Pirarucu

Esta é mais uma das lendas da Amazônia, que conta a história do maior peixe de escamas do Brasil. Pirarucu era na verdade um guerreiro vaidoso extremamente injusto da nação dos Uaiás, grupo indígena que teria habitado a margem direita do rio Içá, no território onde hoje é o estado brasileiro do Amazonas. Pirarucu sempre esperava seu pai Pindarô, um homem de bom coração e também chefe da tribo sair da aldeia para fazer suas atrocidades. Desse modo, ele executava injustamente os indígenas de sua própria tribo, sem nenhum motivo aparente, apenas por prazer. Além disso, ele ousava criticar os deuses, sem ter medo algum.

Tupã, o deus dos deuses, observando o comportamento daquele mero humano, se irou contra Pirarucu e decidiu puni-lo. Logo, ele convocou dois deuses, Tupã chamou Polo e ordenou que ele espalhasse seu mais poderoso relâmpago na área inteira. Ele também chamou Iururaruaçu, a deusa das torrentes, e ordenou que ela provocasse as mais fortes torrentes de chuva sobre Pirarucu, que estava pescando com outros índios as margens do rio Tocantins não muito longe da aldeia. Pirarucu tentou escapar, mas enquanto ele corria por entre os galhos das árvores, um relâmpago fulminante enviado por Chandoré, acertou o coração do guerreiro que mesmo assim ainda se recusou a pedir perdão.

LENDA DA PRIPRIOCA

Segundo o folclore brasileiro originário de uma lenda indígena, Piri-Piri era um importante guerreiro que vivia na tribo dos Manau na selva amazônica. Conta-se que ele exalava um cheiro maravilhoso, capaz de atrair as índias da tribo. O perfume era tão mágico que atraía a atenção de todas as donzelas da aldeia. As índias, enfeitiçadas pelo aroma, tentavam a todo custo prender o ser misterioso, mas nunca conseguiam, pois Piripiri, ao ser capturado, sempre se transformava em vapor perfumado e escapava.

Diz a lenda, que a filha do Pajé da tribo desesperadamente apaixonada por Piri-Piri, pediu ao seu pai, Supi, para lhe ensinar um feitiço que pudesse capturarar Piri-Piri. Para atendê-la, o pajé mandou que ela amarrasse os pés de Piri-Piri com seus cabelos em uma noite de lua cheia. Na mesma noite, as jovens aguardaram até Piripiri dormir. Quando ele adormeceu, as índias o amarraram com os fios de cabelo e adormeceram ao seu lado. Enquanto as índias dormiam Piripiri se transformou novamente em fumaça e desapareceu para nunca mais voltar. Quando o dia amanheceu as moças encontraram apenas uma raiz perfumada no lugar onde Piripiri estava amarrado.

terça-feira, 7 de maio de 2024

O RENASCIMENTO OU CLASSICISMO

O movimento renascentista teve origem na Itália, no século XIV. O desenvolvimento do comércio e das cidades faz nascer um espírito de otimismo, de confiança no homem   (antropocentrismo) e no futuro, que se contrapõe ao teocentrismo e à cultura clerical da Idade Média.

No sentido mais amplo, Renascimento é o movimento cultural que, em sua grande diversidade de manifestações, muitas vezes conflitantes, concretiza historicamente essa nova mentalidade. Em sentido mais estrito, é a assimilação da cultura greco-latina, promovida pelos humanistas.

No início, ainda apresentava marcas profundas da mentalidade medieval, que não desapareceriam de todo. Seu apogeu ocorreu no final do século XV e princípios do XVI, quando começam a surgir os primeiros sinais do movimento Barroco.

O Renascimento italiano difundiu-se pelos outros países da Europa apenas a partir do final do século XV. O Classicismo ficou marcado como um movimento que utilizava as ideias da Antiguidade acerca do equilíbrio e da harmonia das formas.

domingo, 10 de dezembro de 2023

RESUMO DA MÚSICA TREM BALA

 

Trem-Bala ( Ana Vilela)

Não é sobre ter

Todas as pessoas do mundo pra si

É sobre saber que em algum lugar

Alguém zela por ti

É sobre cantar e poder escutar

Mais do que a própria voz

É sobre dançar na chuva de vida

Que cai sobre nós.

É saber se sentir infinito

Num universo tão vasto e bonito

É saber sonhar

E, então, fazer valer a pena cada verso

Daquele poema sobre acreditar.

Não é sobre chegar no topo do mundo

E saber que venceu

É sobre escalar e sentir

Que o caminho te fortaleceu

É sobre ser abrigo

E também ter morada em outros corações

E assim ter amigos contigo

Em todas as situações.

A gente não pode ter tudo

Qual seria a graça do mundo se fosse assim?

Por isso, eu prefiro sorrisos

E os presentes que a vida trouxe

Pra perto de mim.

sábado, 18 de novembro de 2023

RESENHA DO FILME "O MILAGRE DE TYSON"

 

Como professora Especialista em Educação Especial e Inclusiva recomendo aos meus leitores o filme, “O Milagre de Tyson” é uma história comovente e inspiradora que aborda temas importantes como autismo, bullying e integração no esporte. O filme é bem dirigido e atuado, e a mensagem de esperança e superação é tocante. O legal do filme é que o papel principal interpretado por Major Dodson, que de fato é autista, o que torna a interpretação mais autêntica.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

MÔNICA E O AMOR DE DEUS

 


Santa Mônica, alma generosa,

Suas preces de mãe, sempre zelosa,

Teceu laços de amor em oração,

Pelo filho, buscando a redenção.

 

O amor de Deus, tão vasto e profundo,

Como o oceano azul, sem fim, sem fundo,

Envolve-nos com ternura e calor,

Guiando-nos com um abraço de amor.

 

Santa Mônica, exemplo de fé,

Nas lutas da vida, não recuou sequer,

Sua crença na graça divina a guiou,

E em perseverança, ela triunfou.

 

terça-feira, 11 de julho de 2023

RESENHA DO FILME COMO ESTRELAS NA TERRA


"Como Estrelas na Terra" é um filme indiano lançado em 2007, com direção de Aamir Khan e Amole Gupte. O filme também é conhecido pelo título internacional "Taare Zameen Par". A história gira em torno de um jovem chamado Ishaan, interpretado por Darsheel Safary, que enfrenta dificuldades na escola devido a uma dislexia não diagnosticada.

A trama se desenrola quando Ishaan é enviado para um internato após apresentar um desempenho acadêmico insatisfatório. Lá, ele encontra um professor de artes, interpretado pelo próprio Aamir Khan, que percebe as dificuldades de Ishaan e se dedica a entendê-lo. O professor descobre que Ishaan tem dislexia, uma condição que afeta sua habilidade de ler e escrever.

"Como Estrelas na Terra" aborda de forma sensível e comovente a jornada de Ishaan e sua luta para ser compreendido e aceito. O filme explora as dificuldades enfrentadas por crianças com dislexia e a importância de um ambiente educacional inclusivo, que valoriza as habilidades individuais e oferece apoio adequado.

Além de sua mensagem poderosa sobre a dislexia, o filme também aborda questões mais amplas, como a pressão acadêmica excessivamente enfrentada por crianças na sociedade contemporânea, as expectativas dos pais e a importância de se inspirar a criatividade e a individualidade.

Uma das maiores forças do filme é a atuação do jovem Darsheel Safary no papel de Ishaan. Sua interpretação é cativante e emocionalmente convincente, transmitindo as lutas internas e a inocência do personagem de maneira tocante. Aamir Khan também entrega uma atuação sólida como o professor carinhoso e dedicado.

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Literatura Amazônica


 

A literatura amazônica refere-se à produção literária que tem a região amazônica como cenário, tema ou fonte de inspiração. É um campo vasto e diversificado, que abrange uma variedade de gêneros, estilos e abordagens.

A literatura amazônica retrata a rica e complexa realidade da Amazônia, explorando questões como a natureza exuberante, a diversidade cultural, os desafios socioambientais, as tradições indígenas e o estresse entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

Um dos principais temas na literatura amazônica é a relação entre o homem e a natureza. Autores amazônicos frequentemente descrevem a floresta como uma entidade viva e poderosa, cheia de mistérios e simbolismos. Essa conexão profunda com o meio ambiente é explorada em obras que abordam a biodiversidade, a espiritualidade indígena e as questões ambientais.

Alguns autores renomados da literatura amazônica incluem: