Considerada uma das lendas urbanas mais antigas, a Loura
do Cemitério é conhecida em várias regiões do Brasil. Segundo a tradição,
ela costuma seduzir homens, pedindo carona ou companhia até sua casa. O
mistério se revela quando eles percebem que o destino é, na verdade, a porta de
um cemitério — ou até mesmo seu interior.
Essa lenda me faz lembrar de um relato contado por
meu tio, que tinha o hábito de beber de vez em quando. Certa noite, voltando
para casa, ele passou em frente a um salão de festas bastante movimentado.
Curioso, parou um pouco para observar o baile. Ao sair e seguir caminho rumo à
sua residência, foi abordado por uma mulher loura, muito bonita, que pediu para
que a acompanhasse até sua casa.
Naquela época, década de 1970, os automóveis eram raros na região e a iluminação pública bastante precária. Meu tio, meio embriagado, respondeu que poderia caminhar ao lado dela, já que seguia na mesma direção. Ele contou que andaram juntos por um bom tempo, até que, chegando em frente ao cemitério, a mulher agradeceu e disse: “É aqui que eu moro.”
Depois disso, ele relatava que não lembrava de mais
nada. Simplesmente acordou dentro do cemitério, em frente à capela. Como
naquela época o portão não era trancado com cadeado, conseguiu sair
desesperado, já eram 5 horas da manhã. Correu até a casa de sua avó, que ficava
a uns 100 metros dali, e começou a bater na porta aflito, dizendo que sentia
uma forte dor de cabeça.
Ao abrir a porta, sua avó perguntou o que havia
acontecido, e então ele contou o ocorrido. Até hoje, ninguém sabe ao certo se
essa história realmente aconteceu ou se foi apenas uma fantasia macabra de
alguém embriagado.

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