Conta
um mito que Shiva, o deus das transformações, meditação e dança, iria fazer uma
viagem em função da expansão de sua consciência, com práticas espirituais.
Então
o deus acabaria por deixar sua esposa Parvati, a Deusa dos laços afetivos,
maternidade e harmonia, em casa, para que pudesse concluir sua tarefa de
peregrinar pelo mundo, praticando as suas atividades espirituais.
Sozinha
em casa, Parvati sentiu que precisava de alguém que a protegesse, enquanto seu
esposo Shiva estivesse fora.Por ser uma Deusa de encantos femininos e
fertilidade, criou uma pasta e moldou uma criança que lhe fizesse companhia e
fosse fiel às suas ordens.
Assim
surgiu um menino que ao longo dos anos, crescia e se dedicava a mãe, fazia-lhe
companhia e a protegia dentro de casa. Um dia quando Parvati fora banhar-se,
pediu que o menino ficasse de guarda e ordenou que ninguém deveria passar pela
porta, assim foi feito.
Mas
nesse mesmo dia, Shiva retornava de sua longa jornada meditativa e ao chegar em
casa, viu que um menino impedia a sua entrada. Shiva não entendeu o que havia
acontecido, pois quando havia partido, esse menino não existia.
Insistiu
em dizer ao menino que ele morava naquela casa, mas continuou a ser impedido.
Shiva por ser um deus de destruição, ficou furioso com a situação e acabou
cortando a cabeça do garoto, entrou em casa e foi tirar satisfações com
Parvati, que quando viu o ocorrido, em desespero e furiosa determinou que Shiva
de algum modo trouxesse o menino de volta a vida, pois aquele era o filho do
casal.
Shiva se deparando com a verdade e desejando o perdão da esposa, fora atrás da solução para reviver seu filho. Como Shiva é um deus e transmuta as possibilidades, conseguiu dar vida ao menino outra vez, com a cabeça do primeiro ser vivo que encontrara, um elefante.

















