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terça-feira, 7 de maio de 2024

O RENASCIMENTO OU CLASSICISMO

O movimento renascentista teve origem na Itália, no século XIV. O desenvolvimento do comércio e das cidades faz nascer um espírito de otimismo, de confiança no homem   (antropocentrismo) e no futuro, que se contrapõe ao teocentrismo e à cultura clerical da Idade Média.

No sentido mais amplo, Renascimento é o movimento cultural que, em sua grande diversidade de manifestações, muitas vezes conflitantes, concretiza historicamente essa nova mentalidade. Em sentido mais estrito, é a assimilação da cultura greco-latina, promovida pelos humanistas.

No início, ainda apresentava marcas profundas da mentalidade medieval, que não desapareceriam de todo. Seu apogeu ocorreu no final do século XV e princípios do XVI, quando começam a surgir os primeiros sinais do movimento Barroco.

O Renascimento italiano difundiu-se pelos outros países da Europa apenas a partir do final do século XV. O Classicismo ficou marcado como um movimento que utilizava as ideias da Antiguidade acerca do equilíbrio e da harmonia das formas.

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Literatura Amazônica


 

A literatura amazônica refere-se à produção literária que tem a região amazônica como cenário, tema ou fonte de inspiração. É um campo vasto e diversificado, que abrange uma variedade de gêneros, estilos e abordagens.

A literatura amazônica retrata a rica e complexa realidade da Amazônia, explorando questões como a natureza exuberante, a diversidade cultural, os desafios socioambientais, as tradições indígenas e o estresse entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

Um dos principais temas na literatura amazônica é a relação entre o homem e a natureza. Autores amazônicos frequentemente descrevem a floresta como uma entidade viva e poderosa, cheia de mistérios e simbolismos. Essa conexão profunda com o meio ambiente é explorada em obras que abordam a biodiversidade, a espiritualidade indígena e as questões ambientais.

Alguns autores renomados da literatura amazônica incluem:

domingo, 9 de julho de 2023

RESENHA DO ROMANCE "CHOVE NOS CAMPOS DE CACHOEIRA"


"Chove nos Campos de Cachoeira", publicado em 1941, é o primeiro livro da trilogia de mesmo nome escrita por Dalcídio Jurandir. Ambientado no arquipélago de Marajó, no estado do Pará, o romance nos transporta para um mundo repleto de vida, cultura e desafios.

A história se desenrola em torno de uma família de pescadores, os Meneses, que vivem em uma comunidade isolada, às margens do rio Pará. O autor retrata de forma vívida a rotina dessas pessoas simples e suas interações com a natureza exuberante da região. A vida na ilha é árdua, marcada por tempestades, cheias do rio e dificuldades econômicas, mas também revela a força, a resiliência e os laços familiares que os mantêm unidos.

Dalcídio Jurandir

Dalcídio Jurandir Pereira, foi um renomado escritor brasileiro. Ele nasceu em Ponta do Mel, no estado do Rio Grande do Norte, em 1909, e faleceu em 1979, em Belém, no estado do Pará. Dalcídio Jurandir é considerado um dos grandes nomes da literatura regionalista brasileira.

A obra mais famosa de Dalcídio Jurandir é a trilogia "Chove nos Campos de Cachoeira", composta pelos livros "Chove nos Campos de Cachoeira" (1941), "Água Mãe" (1945) e "Cinzas das Horas" (1951). Essa trilogia retrata a vida dos habitantes do arquipélago de Marajó, no Pará, e é considerada uma das mais importantes obras da literatura regionalista brasileira. 

A escrita de Dalcídio Jurandir é marcada pela valorização da cultura e do modo de vida da região amazônica. Ele retratava com sensibilidade e realismo as dificuldades, os costumes, as tradições e a luta diária das pessoas que habitavam essas áreas remotas. 

Além da trilogia, Dalcídio Jurandir também escreveu outros romances, contos e crônicas, como "Belém do Grão Pará" (1957) e "Três Casas e um Rio" (1974), que também abordam a vida na região Norte do Brasil.

Dalcídio Jurandir recebeu diversos prêmios e homenagens ao longo de sua carreira, sendo reconhecido como um dos grandes escritores brasileiros do século XX. Sua contribuição para a literatura regionalista e sua capacidade de retratar com maestria a realidade amazônica fazem de suas obras um importante legado para a cultura brasileira.

 


 

terça-feira, 4 de julho de 2023

Rimas poéticas

 

As rimas poéticas são elementos fundamentais na construção de poemas e versos. Elas consistem na repetição de sons finais de palavras em diferentes versos, criando uma sonoridade e um ritmo característicos. As rimas podem ocorrer no final de versos (rima externa) ou dentro dos versos (rima interna).

Existem diferentes tipos de rimas, que podem variar em relação aos sons repetidos. Alguns exemplos são:

    Rima perfeita: ocorre quando há uma correspondência exata de sons entre as palavras finais dos versos. Exemplo: amor / flor.

    Rima rica ou rima consoante: ocorre quando as palavras finais dos versos têm sons semelhantes, mas não idênticos. Pode ser uma rima entre vogais (amor / dor) ou entre consoantes (cantar / lutar).

    Rima toante: ocorre quando há uma semelhança sonora entre as vogais finais dos versos, mas não entre as consoantes. Exemplo: luz / azul.

    Rima pobre: ocorre quando as palavras finais dos versos têm sons muito diferentes. Exemplo: amor / tempo.

Além desses tipos de rimas, existem também as rimas internas, que ocorrem dentro dos versos, criando uma repetição sonora no meio do poema. Essas rimas internas podem ocorrer em diferentes posições dentro dos versos, como no início, no meio ou no final de uma palavra. 

As rimas poéticas desempenham vários papéis na poesia. Elas ajudam a criar um ritmo, uma musicalidade e uma cadência nos versos, contribuindo para a harmonia e a fluidez do poema. As rimas também auxiliam na memorização e na enfatização de certos versos, tornando-os mais impactantes.

É importante ressaltar que nem todos os poemas necessariamente apresentam rimas. Existem diversas formas de expressão poética que não utilizam a rima, como o verso livre ou o poema em prosa. A escolha de usar ou não rimas depende do estilo do poeta e do efeito que ele deseja criar em seu poema.

As rimas poéticas têm sido utilizadas ao longo dos séculos em diferentes tradições literárias ao redor do mundo, proporcionando uma rica variedade de formas poéticas e estilos. Elas são uma ferramenta poderosa para transmitir sentimentos, ideias e imagens por meio da linguagem poética.


quarta-feira, 29 de junho de 2022

A PROSA ROMÂNTICA BRASILEIRA

A prosa românica participa do mesmo projeto nacionalista da poesia, as semelhanças entre o romance Iracema e a poesia indianista de Gonçalves Dias; formada pelo intercurso dos elementos índio e europeu; a cor local, explorada nos mínimos elementos da linguagem descritiva, através do uso contínuo da analogia.

Entretanto a prosa romântica não se limitou ao indianismo. Em suas três décadas de evolução diversificaram os seus temas, num grande esforço para criar uma tradição literária brasileira. Por maiores restrições que se façam à literatura romântica, não se pode negar que ela logrou seus objetivos programáticos: todo o desenvolvimento posterior de nossa literatura é devedor do empreendimento pioneiro dos ficcionistas românticos.

Contrariamente à poesia, a prosa de ficção praticamente inexistiu durante o período colonial. Não temos autores em prosa com a qualidade que se pôde verificar na produção poética anterior à era romântica com Gregório de Matos, Claudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga ou Basílio da Gama. Na ausência de uma tradição, os autores românticos tiveram que partir do nada, restringindo-se necessariamente, aos modelos dos romances europeus, já bastantes difundidos entre nós na década de 1830.

terça-feira, 28 de junho de 2022

O ROMANTISMO NO BRASIL

 


A implantação do Romantismo no Brasil está ligado ao projeto de construção nacional. O s autores que se encarregaram da renovação dos padrões literários fizeram-no como quem cumpria uma missão civilizadora, contribuindo para dotar o novo país de uma expressão original e legítima dos sentimentos nacionais.

Em 1836, um grupo de brasileiros- Sales Torres Homem, Araújo Porto Alegre, Pereira da Silva e Gonçalves de Magalhães, sob a liderança deste último- lançou em Paris a Niterói, revista brasiliense. Os dois números dessa publicação pregavam a renovação da literatura brasileira pela adoção dos ideais românticos - sobretudo o nacionalismo e a religiosidade- e abandono dos padrões neoclássicos. No mesmo ano, Gonçalves de Magalhães publicou seu livro de poesias Suspiros poéticos e saudades, considerado a primeira obra intencionalmente romântica de nossa literatura.

O Romantismo teve uma duração de aproximadamente meio século, evoluindo por três gerações de poetas. O ano de 1881, como a publicação das Memórias póstumas de Braz Cubas, de Machado de Assis, e o Mulato, de Aluísio Azevedo, é considerado o marco inicial do Realismo-Naturalismo.

Primeira geração romântica brasileira

Domingos José Gonçalves de Magalhães (1811-1882) e Manuel Araújo de Porto Alegre (1806-1879), formados no período clássico, não conseguiram realizar o maior ideal do Romantismo- a liberdade expressiva. Apesar disso, foram responsáveis por um "programa" de renovação da literatura nos termos de uma proposta nacionalista.

sexta-feira, 10 de junho de 2022

O TROVADORISMO

MOMENTO HISTÓRICO DO TROVADORISMO

Os historiadores costumam limitar o Trovadorismo entre os anos de 1189  a 1385. Mais importante que essas datas convencionais é saber que o Trovadorismo corresponde à primeira fase da história portuguesa: ao período da formação de Portugal como reino independente.

TROVADORISMO: conjunto de manifestações literárias contemporâneas à primeira dinastia – a dinastia de Borgonha ( 1109-1385).

Alguns aspectos da história da Península Ibérica são importantes para entendermos certas características das manifestações literárias do período:

- O Feudalismo, já em declínio, terá reflexões até mesmo na linguagem da poesia amorosa como veremos adiante. As cortes dos reis e dos grandes senhores feudais são os centros da produção cultural e literária.

- A reconquista do território, dominado pelos árabes desde o século VIII, faz prolongar, na nobreza ibérica, o espírito guerreiro e aventureiro das Cruzadas. Daí o gosto tardio em Portugal pelas novelas de cavalaria.

- Por ultimo, o profundo espírito religioso medieval, teocentrismo, que se refletirá tanto nas já citadas novelas de cavalaria como na poesia de temática religiosa ( Cantigas de Santa Maria, de D. Afonso X ) e nas hagiografias ( vidas de santos) e obras de devoção.

CRONOLOGIA DO TROVADORISMO

Início no século XII (1189)- Provável data da Cantiga da Ribeirinha, de Pai Soares de Taveirós. Supõe-se que esta seja a mais antiga das composições conservadas nos cancioneiros. Outras cantigas disputam essa primazia.

Término século XIV (1385) – Fim da dinastia de Borgonha.

A POESIA NO PERÍODO TROVADORESCO

quarta-feira, 1 de junho de 2022

O QUE É A LITERATURA?



A arte da literatura existe há alguns milênios. Entretanto, sua natureza e suas funções continuam objeto de discussão principalmente para os artistas, seus criadores.

A literatura, como qualquer outra arte, é uma criação humana, por isso sua definição constitui uma tarefa tão difícil.

O homem, como ser histórico, tem anseios, necessidades e valores que se modificam constantemente. Suas criações entre elas a literatura refletem seu modo de ver a vida e de estar no mundo. Assim ao longo da História, a literatura foi concebida de diferentes maneiras. Mesmo os limites entre o que é e o que não é literatura variam com o tempo.

Atualmente, não é comum incluir uma obra historiográfica ou um sermão religioso na arte literária.

Portanto, a definição mais abrangente possível, que atenda à concepção da literatura em nosso tempo:

Literatura é a arte que utiliza a palavra como matéria-prima de suas criações.

A História da literatura

terça-feira, 31 de maio de 2022

OS GÊNEROS LITERÁRIOS


 

As tentativas de classificar as obras literárias em gêneros são muito antigas. Remontam a Platão e a Aristóteles.

A tradição fixou uma classificação básica de três gêneros, que englobam inúmeras categorias menores comumente chamadas de subgêneros:

·         Narrativo (ou épico)

·         Lírico

·         Dramático

O gênero lírico se faz o mais das vezes em versos. Mas os outros dois gêneros – o narrativo e o dramático- também podem ser escritos nessa forma, embora modernamente se prefira a prosa.

As características do gênero narrativo

Podemos definir a obra narrativa como o relato de um enredo imaginário ou não, situado num tempo e num lugar determinados, envolvendo uma ou mais personagens.

Quanto à estrutura, ao conteúdo e à extensão, podemos classificar as obras narrativas em romances, contos, novelas, poemas épicos, crônicas, fábulas etc.

Quanto à temática, as narrativas podem ser histórias policiais, de amor etc.

quinta-feira, 28 de abril de 2022

ROMANTISMO EM PORTUGAL

CONTEXTO HISTÓRICO

Na Europa, o fim do século XVII e o início do século XIX assistem a grandes mudanças, entre as quais a crise das monarquias nacionais absolutistas e a Revolução Francesa, que teve como consequências:  a disseminação dos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade; a ascensão da burguesia ao poder; o surgimento do Liberalismo em política, moral, economia e arte; uma nova escala de valores, com o predomínio do interesse pelo enriquecimento; transformações históricas, sociais e culturais.

Em Portugal, o Romantismo surge no século XIX. Temendo a invasão francesa, em decorrência do Bloqueio Continental, em 1808 a corte portuguesa havia se transferido para o Brasil dando início a um trabalho de reestruturação do país, o que começou a propiciar a independência de sua colônia, que ocorreu finalmente em 1822.

O início do Romantismo em Portugal é marcado com a publicação, em 1836, de A Voz do Profeta, de Alexandre Herculano, sendo na sequência lançada a primeira revista romântica portuguesa, o Panorama, em 1837 Embora em 1825 tenha sido publicado Camões, obra de Almeida Garret, pode-se datar a o início  do Romantismo a partir de 1836. Isso porque somente na sequência da obra de Alexandre Herculano tenham surgido outras obras com as características do novo estilo literário, considerando-se a obra de Garret uma obra de estreia e singular desse período histórico. Portugal vive um período de turbulências e instabilidade: a primeira metade do século XIX é marcada por vários acontecimentos conflitantes: 1808 -1821: vinda da família real para o Brasil; 1820: revolta do exército - início do período conhecido com "Vintismo"; 1822: Nova Constituição, com o regresso de D. João VI; Independência do Brasil - piora da situação política portuguesa; 1822 a 1833: disputas pelo poder entre irmãos - clima de desordem; 1847: início do governo da Regeneração, apoiado pela burguesia - maior estabilidade; quadro social desolador: economia agrícola; 80% da população analfabeta; exílio voluntário de vários intelectuais, como Almeida Garrett e Alexandre Herculano.

ORIGENS DO ROMANTISMO

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

MODERNISMO EM PORTUGAL


  

Iniciado por volta de 1915, o Modernismo português articulou-se em torno da revista Orpheu, organizada por nomes como Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e Almada-Negreiros. Insatisfeitos com os rumos da arte portuguesa, esses jovens artistas investiam como o academicismo, o Parnasianismo e o Saudosismo. Orpheu pregava o rompimento com o passado e o "inconformismo e a deificação do ato poético" ( Jorge Miguel). A intenção dos modernistas era derrubar as formas estabelecidas, sem ter programa definido, e escandalizar ( a revista não foi além do terceiro número).

O Modernismo pode ser dividido nas seguintes fases:

1915 a 1927: baseada em Orpheu e nas ideias futuristas.

1927 a 1940: baseada na revista Presença, propunha um resgate/renovação de Orpheu.

1940 a 1947: fase do Neo-realismo, voltada para realidade social.

1947 a 1974: fase surrealista.

1974 aos dias atuais: fase contemporânea, após o fim do salazarismo, com destaque para prosa.

Entre os autores modernistas, destaco Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Almada -Negreiro, Florbela Espanca, Aquilino Ribeiro, José Régio, Miguel Jorge, Antônio Botto, Irene Lisboa, Ferreira de Castro, Manuel da Fonseca, Lídia de Castro, José Saramago, entre outros.

sábado, 13 de fevereiro de 2021

REALISMO PORTUGUÊS

O Realismo é um movimento artístico que surge em Portugal a partir de 1860, buscou objetividade e olhar crítico sobre a sociedade do final do século XIX. Com o grande desenvolvimento científico da segunda metade do século XIX, os estudos sobre Filosofia e politica foram marcantes.

O Empirismo ( filosofia que baseia suas verdades na experiência e observação), e o positivismo( doutrina que também valoriza a experiência) marcaram esse período. Influenciados por este momento, que corresponde ao apogeu da civilização burguesa-industrial, os autores realistas escreviam como cientistas: observavam a realidade e retratavam-na fielmente, sem que sua subjetividade interferisse. A realidade, para os realistas, é baseada em leis naturais. O desenvolvimento dessa atitude levou ao Naturalismo, que não foi uma escola literária propriamente dita, mas o Realismo levado ao extremo, vendo o homem totalmente condicionado às leis biológicas.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

ROMANTISMO

O marco inicial do Romantismo em Portugal é a publicação, em 1825, de Camões, longo poema de Almeida Garrett. Inspirando-se na epopeia Os Lusíadas. A narrativa deste autor, é uma biografia sentimental de Luís de Camões. Este poema é considerado introdutor do Romantismo em Portugal, por apresentar características que viriam se firmar no espírito romântico: versos decassílabos brancos, vocabulário, subjetivismo, nostalgia, melancolia, e a grande combinação dos gêneros literários. É o movimento mais revolucionário da história da Literatura, pois rompeu bruscamente com os aspectos formais e estruturais de tudo o que havia sido feito antes.

O Romantismo acompanhou todas as mudanças políticas, econômicas e sociais geradas pela Revolução Francesa, voltou-se para temática do individuo e seus conflitos. Dessa forma, regras de séculos foram rejeitadas, como o uso de rimas e métricas e de formas estabelecidas como soneto, ode, canção etc.

Nessa escola literária o que vale é o subjetivismo do autor, a exposição do eu e de seus sofrimentos mais íntimos faz o artista abolir as regras que antes submetiam a emoção à razão. O romântico, na verdade, deseja um mundo melhor, mas, consciente das limitações, procura se esquivar da realidade.

As principais características do romantismo em Portugal são: O escapismo; a subjetividade; a fuga através do sonho, do fantástico e do ilógico; o sentimentalismo e o lirismo; o amor à natureza e o nacionalismo.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

O ARCADISMO PORTUGUÊS (1756-1825)

ARCADISMO  NA LITERATURA PORTUGUESA

O marco inicial do Arcadismo é a fundação da Arcádia Lusitana em 1756, inspirada no Iluminismo Francês, contrários aos excessos do Barroco, também conhecido como Neoclassicismo, por defender a volta dos valores clássicos e renascentista.

O Arcadismo valorizava a natureza e a valorizava como possível lugar de felicidade. Enquanto o Barroco é religioso, o Arcadismo prefere as entidades místicas e pagãs.

O Arcadismo é contemporâneo o à ascensão da burguesia, que ascendendo financeiramente deseja o mesmo no plano de poder político. O ápice desse processo foi a Revolução Francesa. Dentro do Arcadismo encontramos tanto obras neoclássicas quanto pré-românticas, que prenunciam a angustia e a subjetividade romântica.

Alguns termos importantes ligados ao Arcadismo são:

Locus amoenus: O campo visto como lugar ideal;

Aurea mediocritas: a vida simples; Segundo essa expressão, o homem mediano é aquele que alcança a felicidade, não se devendo, assim, procurar riquezas e posses em vida.   

Inutilia truncat: literalmente, cortar o inútil da poesia, entendendo-se esse inútil como sendo o excesso de rebuscamento formal do movimento Barroco.

Fugere Urbem: Para os líricos do Arcadismo, a cidade não era o ambiente ideal para viver, pregando-se, portanto, a fuga da urbanidade como meta a ser alcançada.

Carpe Diem: Segundo esse preceito, é necessário aproveitar o presente para contemplar a realidade, sem preocupar-se com o futuro.

Entre os autores árcades, destacamos Luís Antônio Varney na prosa, Filinto Elísio, Correia Garção, Nicolau Tolentino e Bocage na poesia.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

O BARROCO

O Barroco é um termo que indica, particularmente, as várias manifestações artísticas que foram importantes e, dessa maneira, marcaram a passagem do século XVI, para o XVII. O Barroco em Portugal surgiu em 1580, após a morte de Luís de Camões - poeta português considerado um dos maiores representantes da literatura portuguesa. O estilo teve fim em 1756, com a fundação da Arcádia Lusitânia e nascimento do Arcadismo.

Esse período foi marcado por fortes tensões na Europa. Os conflitos da época refletiram-se na arte, carregada de tensão, liberação das formas e uso abusivo de efeitos. A arte barroca está essencialmente ligada à contrarreforma, tendo isso, portanto, mais forte nos países católicos.

Desenvolveram-se durante esse período a poesia metafísica, a prosa filosófica- moral, a narrativa e o teatro. Dois tipos modos de produção literária são o Cultismo e o Conceptismo, ambos surgidos na Espanha.

O Primeiro, usando de fortes recursos estilísticos, atingiu o obscurecimento do sentido e o segundo visava a agudeza de expressão. Em resumo o período Barroco tornou a literatura artificial e por demais refinadas.

O Barroco em Portugal teve início 1580, com a unificação da Península Ibérica, o que fez com que grande influência de origem espanhola repercutisse, em suas mais variadas formas.

Um dos aspectos literários do Barroco em Portugal, são: o Cultismo ou Gongorismo – em referência aos textos do poeta espanhol Luís de Góngora – que implica na utilização de metáforas e imagens para todos os sentidos ( a chamada sinestesia).

Nesse estilo é comum o uso de figuras de linguagem como metáforas, antíteses, hipérboles, hipérbatos, paradoxos, entre outras. Os escritores também utilizavam nos textos figuras de sintaxe como trocadilhos, hipérbatos e dubiedades.

Já o Conceptismo, também chamado de Quevedismo – em referência às poesias do espanhol Francisco de Quevedo-, corresponde ao jogo de ideias e conceitos pautados em argumentos racionais. O Conceptismo serve-se da dialética, uma vez que organiza logicamente as ideias com o fito de convencer e ensinar.

O jogo não só de ideias, mas também de palavras pode ser compreendido sob dois aspectos: um primeiro e mais visível relaciona-se ao próprio espírito de contradição do Barroco e um segundo e mais sutil, relaciona-se à necessidade que os poetas tinham de escapar da rígida censura da Inquisição, daí o uso exagerado das metáforas (figura de linguagem usada para sugerir ideias de maneira sutil).

O HUMANISMO

HUMANISMO: surgiu no século XIV, perdurando até o final do século XV, representa a transição da Idade Média, com sua concepção teocêntrica e de vasto poder do Clero e, ao mesmo tempo, o início da Era Moderna, marcada pela ascensão do Mercantilismo e da burguesia comercial. Através do humanismo que surge o Renascimento.

Nesse período, destacam-se as prosas doutrinárias, dirigidas à nobreza. Já as poesias, que eram cultivadas por fidalgos, utilizavam o verso de sete e de cinco silabas, respectivamente a redondilha maior e menor. A temática também começa a mudar no período da poesia Palaciana, e se torna muito mais variada. Agora, podemos encontrar composições voltadas para a região, outras didáticas para as crianças, heroicas, satíricas, líricas, entre outras.

Em Portugal, o movimento humanista se iniciou com as obras do poeta italiano, Francesco Petrarca, que aperfeiçoou o soneto, um tipo de poema composto de 14 versos cuja invenção é atribuída a Jacopo da Lentini.

Os gêneros que foram explorando no período do Humanismo foram: a poesia palaciana, a crônica histórica e o teatro popular.

Fernão Lopes é considerado o maior representante da prosa historiográfica é a principal figura da prosa humanista, considerado o fundador da historiografia portuguesa. Sua importância se deve não só pelo aspecto histórico de sua produção, mas também pelo aspecto artístico de suas crônicas. Em suas crônicas, apesar de regiocêntricas, o povo aparece pela primeira vez com coautor das mudanças históricas portuguesa. Entre suas características destacam-se: a imparcialidade, o registro documental, a criticidade e o nacionalismo. Algumas de suas obras de grande relevância que vale a pena ressaltar tais como:

sábado, 6 de fevereiro de 2021

LITERATURA PORTUGUESA

Vou fazer algumas publicações com resumos da Literatura portuguesa que vão abordar noções e os vários aspectos que norteiam os estilos literários em Portugal, desde o Trovadorismo até o Modernismo. A cada post vou compartilhar os estilos e selecionar autores e obras mais representativas de cada período. Para começar um breve resumo sobre idade média, a poesia dos cancioneiros e o Trovadorismo.

Conceito de idade média: é um período da história da Europa entre os séculos V e XV. Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente e termina durante a transição para a Idade Moderna. A Idade Média é o período intermédio da divisão clássica da História ocidental em três períodos: a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna.

O Trovadorismo surgiu na idade média, mais precisamente no século XI no sul da França. Espalhou-se por toda Europa e teve seu declínio no século XIV, é considerado como a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Nesse período surge a poesia dos cancioneiros. Os artistas se encarregavam de divulgar os aedos. (Poeta grego da época primitiva, que cantava ou recitava com acompanhamento da lira: Homero e Orfeu, eram considerados músicos sublime, são os mais conhecidos dos aedos ).