segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

POEMA NAYÁ


Quero homenagear com esse poema canção do compositor e pianista paraense Waldemar Henrique, a menina mais esperta que conheço a ESTRELA NAYÁ, no alto de seus três anos de idade, ela conversava como uma adolescente, eu ficava encantada quando visitava sua casa e ouvia as conversas dela com o tio e com quem estivesse com ela. Não pense que era aquela conversa inocente que toda criança nessa idade costuma ter com adultos, com a Nayá você precisa entender de musica e dos passos de ballet, pois ela estuda a dança desde os dois anos de idade, já que a mãe dela é bailarina. Agora ela já está mocinha, faz dois anos que não a vejo. Por isso, resolvi homenagear a sobrinha preferida do meu esposo. Por ela ser uma menina extremamente inteligente, ter nome de guerreira e da estrela aquática mais bela que temos na Amazônia, (Vitória-Régia).

POEMA  NAYÁ

E o pajé passou cantando

Lá nas margens do Grande-Rio

De saudade, ia chorando

Pelo amor que lhe fugiu.

Nayá era linda índia querida

Lembro-me ainda, quando ferida

Veio Contar-me seu grande amor!

Nayá sabia

Que a lua, seu amor queria

E desde então, sofreu imensa nostalgia.

Apaixonada, o horizonte quis transpor

E correu ao Grande-Rio

Dentro dele logo viu

Refletir-se o seu amor!

E Nayá, sem mais conter

A paixão que lhe crescia.

Atirou-se pra reter

A imagem que estremecia.

E na água corrente do rio mergulhou

A imagem da lua fremente abraçou

E nessa ilusão feliz, morreu.

A noite quente

Onde o luar inda brilhava

Cobriu ardente

O lindo corpo que boiava.

Enternecida, a Lua-Feiticeira egrégia

Foi buscar aquela alma

Debruçou-a numa palma

E fez a Vitória-Régia.


Para ler a lenda da Vitória- Régia \( CLIC AQUI)


Um comentário:

  1. Poema lindo, no qual nele você conseguiu nos mostrar e difundir a lenda da índia Nayá. Continue a escrever, Mara. A poesia pode ir além e nos leva com ela nessa vida de travessias, ventos, sentimentos e momentos.

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