Quero homenagear com esse poema canção do compositor e pianista paraense Waldemar Henrique, a menina mais esperta que conheço a ESTRELA NAYÁ, no alto de seus três anos de idade, ela conversava como uma adolescente, eu ficava encantada quando visitava sua casa e ouvia as conversas dela com o tio e com quem estivesse com ela. Não pense que era aquela conversa inocente que toda criança nessa idade costuma ter com adultos, com a Nayá você precisa entender de musica e dos passos de ballet, pois ela estuda a dança desde os dois anos de idade, já que a mãe dela é bailarina. Agora ela já está mocinha, faz dois anos que não a vejo. Por isso, resolvi homenagear a sobrinha preferida do meu esposo. Por ela ser uma menina extremamente inteligente, ter nome de guerreira e da estrela aquática mais bela que temos na Amazônia, (Vitória-Régia).
POEMA NAYÁ
E o pajé passou cantando
Lá nas margens do Grande-Rio
De saudade, ia chorando
Pelo amor que lhe fugiu.
Nayá era linda índia querida
Lembro-me ainda, quando ferida
Veio Contar-me seu grande amor!
Nayá sabia
Que a lua, seu amor queria
E desde então, sofreu imensa nostalgia.
Apaixonada, o horizonte quis transpor
E correu ao Grande-Rio
Dentro dele logo viu
Refletir-se o seu amor!
E Nayá, sem mais conter
A paixão que lhe crescia.
Atirou-se pra reter
A imagem que estremecia.
E na água corrente do rio mergulhou
A imagem da lua fremente abraçou
E nessa ilusão feliz, morreu.
A noite quente
Onde o luar inda brilhava
Cobriu ardente
O lindo corpo que boiava.
Enternecida, a Lua-Feiticeira egrégia
Foi buscar aquela alma
Debruçou-a numa palma
E fez a Vitória-Régia.
Para ler a lenda da Vitória- Régia \( CLIC AQUI)
Poema lindo, no qual nele você conseguiu nos mostrar e difundir a lenda da índia Nayá. Continue a escrever, Mara. A poesia pode ir além e nos leva com ela nessa vida de travessias, ventos, sentimentos e momentos.
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