O marco inicial do Romantismo em Portugal é a publicação, em 1825, de Camões, longo poema de Almeida Garrett. Inspirando-se na epopeia Os Lusíadas. A narrativa deste autor, é uma biografia sentimental de Luís de Camões. Este poema é considerado introdutor do Romantismo em Portugal, por apresentar características que viriam se firmar no espírito romântico: versos decassílabos brancos, vocabulário, subjetivismo, nostalgia, melancolia, e a grande combinação dos gêneros literários. É o movimento mais revolucionário da história da Literatura, pois rompeu bruscamente com os aspectos formais e estruturais de tudo o que havia sido feito antes.
O Romantismo acompanhou
todas as mudanças políticas, econômicas e sociais geradas pela Revolução Francesa,
voltou-se para temática do individuo e seus conflitos. Dessa forma, regras de
séculos foram rejeitadas, como o uso de rimas e métricas e de formas
estabelecidas como soneto, ode, canção etc.
Nessa escola literária o que vale é o
subjetivismo do autor, a exposição do eu e de seus sofrimentos mais íntimos faz
o artista abolir as regras que antes submetiam a emoção à razão. O romântico, na
verdade, deseja um mundo melhor, mas, consciente das limitações, procura se
esquivar da realidade.
As principais características do romantismo em Portugal são: O escapismo; a subjetividade; a fuga através do sonho, do fantástico e do ilógico; o sentimentalismo e o lirismo; o amor à natureza e o nacionalismo.