sábado, 13 de fevereiro de 2021

REALISMO PORTUGUÊS

O Realismo é um movimento artístico que surge em Portugal a partir de 1860, buscou objetividade e olhar crítico sobre a sociedade do final do século XIX. Com o grande desenvolvimento científico da segunda metade do século XIX, os estudos sobre Filosofia e politica foram marcantes.

O Empirismo ( filosofia que baseia suas verdades na experiência e observação), e o positivismo( doutrina que também valoriza a experiência) marcaram esse período. Influenciados por este momento, que corresponde ao apogeu da civilização burguesa-industrial, os autores realistas escreviam como cientistas: observavam a realidade e retratavam-na fielmente, sem que sua subjetividade interferisse. A realidade, para os realistas, é baseada em leis naturais. O desenvolvimento dessa atitude levou ao Naturalismo, que não foi uma escola literária propriamente dita, mas o Realismo levado ao extremo, vendo o homem totalmente condicionado às leis biológicas.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

ROMANTISMO

O marco inicial do Romantismo em Portugal é a publicação, em 1825, de Camões, longo poema de Almeida Garrett. Inspirando-se na epopeia Os Lusíadas. A narrativa deste autor, é uma biografia sentimental de Luís de Camões. Este poema é considerado introdutor do Romantismo em Portugal, por apresentar características que viriam se firmar no espírito romântico: versos decassílabos brancos, vocabulário, subjetivismo, nostalgia, melancolia, e a grande combinação dos gêneros literários. É o movimento mais revolucionário da história da Literatura, pois rompeu bruscamente com os aspectos formais e estruturais de tudo o que havia sido feito antes.

O Romantismo acompanhou todas as mudanças políticas, econômicas e sociais geradas pela Revolução Francesa, voltou-se para temática do individuo e seus conflitos. Dessa forma, regras de séculos foram rejeitadas, como o uso de rimas e métricas e de formas estabelecidas como soneto, ode, canção etc.

Nessa escola literária o que vale é o subjetivismo do autor, a exposição do eu e de seus sofrimentos mais íntimos faz o artista abolir as regras que antes submetiam a emoção à razão. O romântico, na verdade, deseja um mundo melhor, mas, consciente das limitações, procura se esquivar da realidade.

As principais características do romantismo em Portugal são: O escapismo; a subjetividade; a fuga através do sonho, do fantástico e do ilógico; o sentimentalismo e o lirismo; o amor à natureza e o nacionalismo.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

O ARCADISMO PORTUGUÊS (1756-1825)

ARCADISMO  NA LITERATURA PORTUGUESA

O marco inicial do Arcadismo é a fundação da Arcádia Lusitana em 1756, inspirada no Iluminismo Francês, contrários aos excessos do Barroco, também conhecido como Neoclassicismo, por defender a volta dos valores clássicos e renascentista.

O Arcadismo valorizava a natureza e a valorizava como possível lugar de felicidade. Enquanto o Barroco é religioso, o Arcadismo prefere as entidades místicas e pagãs.

O Arcadismo é contemporâneo o à ascensão da burguesia, que ascendendo financeiramente deseja o mesmo no plano de poder político. O ápice desse processo foi a Revolução Francesa. Dentro do Arcadismo encontramos tanto obras neoclássicas quanto pré-românticas, que prenunciam a angustia e a subjetividade romântica.

Alguns termos importantes ligados ao Arcadismo são:

Locus amoenus: O campo visto como lugar ideal;

Aurea mediocritas: a vida simples; Segundo essa expressão, o homem mediano é aquele que alcança a felicidade, não se devendo, assim, procurar riquezas e posses em vida.   

Inutilia truncat: literalmente, cortar o inútil da poesia, entendendo-se esse inútil como sendo o excesso de rebuscamento formal do movimento Barroco.

Fugere Urbem: Para os líricos do Arcadismo, a cidade não era o ambiente ideal para viver, pregando-se, portanto, a fuga da urbanidade como meta a ser alcançada.

Carpe Diem: Segundo esse preceito, é necessário aproveitar o presente para contemplar a realidade, sem preocupar-se com o futuro.

Entre os autores árcades, destacamos Luís Antônio Varney na prosa, Filinto Elísio, Correia Garção, Nicolau Tolentino e Bocage na poesia.