ARCADISMO
NA LITERATURA PORTUGUESA
O marco inicial do Arcadismo
é a fundação da Arcádia Lusitana em 1756, inspirada no Iluminismo Francês, contrários
aos excessos do Barroco, também conhecido como Neoclassicismo, por defender a
volta dos valores clássicos e renascentista.
O Arcadismo valorizava a
natureza e a valorizava como possível lugar de felicidade. Enquanto o Barroco é
religioso, o Arcadismo prefere as entidades místicas e pagãs.
O Arcadismo é contemporâneo o
à ascensão da burguesia, que ascendendo financeiramente deseja o mesmo no plano
de poder político. O ápice desse processo foi a Revolução Francesa. Dentro do
Arcadismo encontramos tanto obras neoclássicas quanto pré-românticas, que
prenunciam a angustia e a subjetividade romântica.
Alguns termos importantes
ligados ao Arcadismo são:
Locus amoenus: O
campo visto como lugar ideal;
Aurea mediocritas: a
vida simples; Segundo essa expressão, o homem mediano é aquele que alcança a
felicidade, não se devendo, assim, procurar riquezas e posses em vida.
Inutilia truncat:
literalmente, cortar o inútil da poesia, entendendo-se esse inútil como sendo o
excesso de rebuscamento formal do movimento Barroco.
Fugere Urbem:
Para os líricos do Arcadismo, a cidade não era o ambiente ideal para viver,
pregando-se, portanto, a fuga da urbanidade como meta a ser alcançada.
Carpe Diem:
Segundo esse preceito, é necessário aproveitar o presente para contemplar a
realidade, sem preocupar-se com o futuro.
Entre os autores árcades, destacamos Luís Antônio Varney na prosa, Filinto Elísio, Correia Garção, Nicolau Tolentino e Bocage na poesia.