quinta-feira, 17 de julho de 2025

RESENHA SOBRE DEFICIÊNCIA AUDITIVA

A deficiência auditiva, também conhecida como surdez, é uma condição que afeta a capacidade de uma pessoa de ouvir e entender sons de forma total ou parcial. Ao longo da história, a deficiência auditiva tem sido uma questão que impactou a vida de muitas pessoas em diferentes sociedades e culturas.

Nos tempos primórdios, antes do desenvolvimento da linguagem escrita e da educação formal, as pessoas com deficiência auditiva enfrentavam enormes desafios na comunicação e na participação social. Muitas vezes, eram marginalizadas e excluídas da sociedade. No entanto, existem relatos de comunidades antigas que desenvolveram formas rudimentares de linguagem de sinais para se comunicar com pessoas surdas, mostrando um reconhecimento primitivo da importância da comunicação inclusiva.

À medida que a sociedade evoluiu e surgiu a escrita, surgiram registros de abordagens para lidar com a deficiência auditiva. No antigo Egito, por exemplo, havia papiros que descreviam diferentes métodos de tratamento, como a aplicação de certas substâncias nos ouvidos. Na Grécia antiga, o filósofo Sócrates acreditava que a linguagem de sinais era uma forma eficaz de comunicação para pessoas surdas.

Foi apenas no século XVI que surgiram as primeiras tentativas sistemáticas de educar pessoas com deficiência auditiva. Na Espanha, o monge beneditino Pedro Ponce de León foi pioneiro no ensino de crianças surdas, utilizando principalmente métodos orais e de leitura labial. No entanto, a educação formal para surdos só começou a se desenvolver de forma mais significativa no século XVIII, com o trabalho do educador francês Abade Charles-Michel de l'Épée. Ele desenvolveu um sistema de comunicação baseado em sinais manuais que ficou conhecido como língua de sinais francesa e fundou a primeira escola pública para surdos.

segunda-feira, 14 de julho de 2025

OS CONTOS INFANTIS NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM INFANTIL

A literatura infantil desempenha um papel fundamental na vida da criança, contribuindo não apenas para a aprendizagem da linguagem, mas também oferecendo acesso ao imaginário coletivo. Como se sabe, a literatura infantil abrange diversos tipos de textos representativos, como as fábulas, os apólogos, as lendas, os contos maravilhosos, os contos de fadas, entre outros.

Desde o início da vida escolar, especialmente na Educação Infantil, é essencial trabalhar com textos que circulam socialmente, valorizando, assim, a literatura infantil. O contato frequente da criança com materiais de leitura é indispensável para despertar o gosto pela leitura, tornando-a um hábito e não uma atividade esporádica.

A literatura, e consequentemente a leitura, constitui um dos caminhos mais eficazes para desenvolver e estimular a formação de ideias, o que capacita o educando a produzir uma escrita coerente e lógica. É importante destacar que, por meio da leitura, a criança desenvolve a compreensão de si mesma e do mundo, vivenciando novas descobertas que contribuem significativamente para seu crescimento pessoal e social.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

RESENHA: CEM ANOS DE SOLIDÃO

Gabriel García Márquez, em "Cem Anos de Solidão", apresenta um dos maiores clássicos da literatura mundial, uma obra que funde o real e o mágico para narrar a saga da família Buendía na mítica cidade de Macondo. Publicado em 1967, o livro é uma das mais significativas representações do realismo mágico e consolidou García Márquez como um dos grandes escritores do século XX, valendo-lhe o Prêmio Nobel de Literatura em 1982.

A narrativa acompanha sete gerações da família Buendía, iniciada pelo casal fundador de Macondo, José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán. A história da família se entrelaça com a fundação, ascensão e declínio de Macondo, um lugar onde o extraordinário é cotidiano. Ao longo do romance, experimentamos o impacto de guerras, paixões, tragédias, amores impossíveis e segredos familiares, além de um ciclo recorrente de solidão que marca os destinos de cada personagem.

Temas Centrais
A solidão, presente no título, permeia cada aspecto da narrativa, desde a introspecção dos personagens até suas relações. Cada Buendía, de maneira particular, vive uma busca por pertencimento e compreensão, mas acaba sucumbindo a um isolamento emocional. Outros temas como o tempo, representado de maneira não linear, a repetição de erros e a busca incessante por sentido também são fundamentais. A obra explora ainda o poder, a violência e o misticismo, trazendo críticas sociais e históricas relacionadas à América Latina.