quinta-feira, 28 de abril de 2022

ROMANTISMO EM PORTUGAL

CONTEXTO HISTÓRICO

Na Europa, o fim do século XVII e o início do século XIX assistem a grandes mudanças, entre as quais a crise das monarquias nacionais absolutistas e a Revolução Francesa, que teve como consequências:  a disseminação dos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade; a ascensão da burguesia ao poder; o surgimento do Liberalismo em política, moral, economia e arte; uma nova escala de valores, com o predomínio do interesse pelo enriquecimento; transformações históricas, sociais e culturais.

Em Portugal, o Romantismo surge no século XIX. Temendo a invasão francesa, em decorrência do Bloqueio Continental, em 1808 a corte portuguesa havia se transferido para o Brasil dando início a um trabalho de reestruturação do país, o que começou a propiciar a independência de sua colônia, que ocorreu finalmente em 1822.

O início do Romantismo em Portugal é marcado com a publicação, em 1836, de A Voz do Profeta, de Alexandre Herculano, sendo na sequência lançada a primeira revista romântica portuguesa, o Panorama, em 1837 Embora em 1825 tenha sido publicado Camões, obra de Almeida Garret, pode-se datar a o início  do Romantismo a partir de 1836. Isso porque somente na sequência da obra de Alexandre Herculano tenham surgido outras obras com as características do novo estilo literário, considerando-se a obra de Garret uma obra de estreia e singular desse período histórico. Portugal vive um período de turbulências e instabilidade: a primeira metade do século XIX é marcada por vários acontecimentos conflitantes: 1808 -1821: vinda da família real para o Brasil; 1820: revolta do exército - início do período conhecido com "Vintismo"; 1822: Nova Constituição, com o regresso de D. João VI; Independência do Brasil - piora da situação política portuguesa; 1822 a 1833: disputas pelo poder entre irmãos - clima de desordem; 1847: início do governo da Regeneração, apoiado pela burguesia - maior estabilidade; quadro social desolador: economia agrícola; 80% da população analfabeta; exílio voluntário de vários intelectuais, como Almeida Garrett e Alexandre Herculano.

ORIGENS DO ROMANTISMO

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

O QUE É DISORTOGRAFIA?

 


Etimologicamente, disortografia deriva dos conceitos “dis” (desvio)+ “orto” (correto)+ “grafia” (escrita), ou seja, é uma dificuldade manifestada por “um conjunto de erros da escrita que afetam a palavra, mas não seu traçado ou grafia”( Torres & Fernandez, 2001, p. 76).

A disortografia é a dificuldade de fazer a associação entre os fonemas (som das letras) .É muito comum algumas crianças apresentarem confusões entre o uso da letra F ou letra V para escrever a palavra FACA ou VACA, no entanto espera-se que a partir do segundo ano de escolarização a criança já consiga assimilar as diferenças sonoras entre as letras. Porém, se as dificuldades persistirem, podemos dizer que a criança apresenta disortografia.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

MODERNISMO EM PORTUGAL


  

Iniciado por volta de 1915, o Modernismo português articulou-se em torno da revista Orpheu, organizada por nomes como Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e Almada-Negreiros. Insatisfeitos com os rumos da arte portuguesa, esses jovens artistas investiam como o academicismo, o Parnasianismo e o Saudosismo. Orpheu pregava o rompimento com o passado e o "inconformismo e a deificação do ato poético" ( Jorge Miguel). A intenção dos modernistas era derrubar as formas estabelecidas, sem ter programa definido, e escandalizar ( a revista não foi além do terceiro número).

O Modernismo pode ser dividido nas seguintes fases:

1915 a 1927: baseada em Orpheu e nas ideias futuristas.

1927 a 1940: baseada na revista Presença, propunha um resgate/renovação de Orpheu.

1940 a 1947: fase do Neo-realismo, voltada para realidade social.

1947 a 1974: fase surrealista.

1974 aos dias atuais: fase contemporânea, após o fim do salazarismo, com destaque para prosa.

Entre os autores modernistas, destaco Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Almada -Negreiro, Florbela Espanca, Aquilino Ribeiro, José Régio, Miguel Jorge, Antônio Botto, Irene Lisboa, Ferreira de Castro, Manuel da Fonseca, Lídia de Castro, José Saramago, entre outros.