Etimologicamente,
disortografia deriva dos conceitos “dis” (desvio)+ “orto” (correto)+ “grafia”
(escrita), ou seja, é uma dificuldade manifestada por “um conjunto de erros da
escrita que afetam a palavra, mas não seu traçado ou grafia”( Torres &
Fernandez, 2001, p. 76).
A disortografia é a dificuldade de fazer a associação entre os fonemas (som das letras) .É muito comum algumas crianças apresentarem confusões entre o uso da letra F ou letra V para escrever a palavra FACA ou VACA, no entanto espera-se que a partir do segundo ano de escolarização a criança já consiga assimilar as diferenças sonoras entre as letras. Porém, se as dificuldades persistirem, podemos dizer que a criança apresenta disortografia.
As principais
características de quem possui a disortografia são: escritas com letras
amontoadas, frases desorganizadas e a falta de vontade de escrever. Além disso,
podem ficar ansiosas e com medo de errar, o que afeta a autoestima e a
capacidade de aprendizado num contexto geral.
Possíveis causas podem causar a disortografia, e vale a pena destacar os fatores educacionais que contribuem para esta dificuldade como: o ensino prematuro da escrita, ensino inadequado ou acelerado, o grande número de crianças por sala, falta de apoio adequado às crianças com dificuldades específicas, pais despreparados que cobram demais e não oferecem estruturas adequadas.
Para que a
criança com disortografia possa avançar, é preciso algumas intervenções diretas
nas habilidades de leitura, associada às atividades relacionadas ao processo
fonológico da linguagem. Para isso, todas as atividades de estimulação da
linguagem escrita devem ser realizadas de forma lúdica, por meio de jogos e
brincadeiras, para que a criança sinta prazer em ler e escrever.
Não se devemos
tratar as dificuldades de aprendizagem, como algo sem solução, mas sim como um
desafio diário que faz parte deste processo. Identificar precocemente a
complexidade, para que as devidas medidas sejam tomadas, evitando assim o
sofrimento prolongado do aluno.
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