terça-feira, 19 de agosto de 2025

Lenda da Loura do Cemitério

Considerada uma das lendas urbanas mais antigas, a Loura do Cemitério é conhecida em várias regiões do Brasil. Segundo a tradição, ela costuma seduzir homens, pedindo carona ou companhia até sua casa. O mistério se revela quando eles percebem que o destino é, na verdade, a porta de um cemitério — ou até mesmo seu interior.

Essa lenda me faz lembrar de um relato contado por meu tio, que tinha o hábito de beber de vez em quando. Certa noite, voltando para casa, ele passou em frente a um salão de festas bastante movimentado. Curioso, parou um pouco para observar o baile. Ao sair e seguir caminho rumo à sua residência, foi abordado por uma mulher loura, muito bonita, que pediu para que a acompanhasse até sua casa.

Naquela época, década de 1970, os automóveis eram raros na região e a iluminação pública bastante precária. Meu tio, meio embriagado, respondeu que poderia caminhar ao lado dela, já que seguia na mesma direção. Ele contou que andaram juntos por um bom tempo, até que, chegando em frente ao cemitério, a mulher agradeceu e disse: “É aqui que eu moro.”

quinta-feira, 17 de julho de 2025

A LENDA DE SAKURA ( A flor da cerejeira)


 

A cerejeira é uma planta nativa do Japão, onde estão documentadas cerca de 300 variedades. Suas flores são conhecidas mundialmente por sua beleza e perfume suave. No Brasil, existem diversas espécies de cerejeiras plantadas por imigrantes japoneses que se estabeleceram principalmente nas regiões Sul e Sudeste, em cidades com clima subtropical e temperado.

Entre essas cidades estão São Paulo, Campos do Jordão e Curitiba, no Paraná, onde é possível apreciá-las em locais como o Jardim Botânico, o Parque Tanguá e a Praça do Japão. Elas florescem entre o final de julho e o início de agosto — período que marca o fim do inverno e a chegada da primavera.

Segundo as tradições japonesas, há uma lenda que ecoa através dos séculos — uma história de amor que celebra a beleza efêmera e a delicadeza da vida. É a lenda do Sakura, a flor da cerejeira, que se tornou um símbolo icônico da cultura japonesa.

RESENHA SOBRE DEFICIÊNCIA AUDITIVA

A deficiência auditiva, também conhecida como surdez, é uma condição que afeta a capacidade de uma pessoa de ouvir e entender sons de forma total ou parcial. Ao longo da história, a deficiência auditiva tem sido uma questão que impactou a vida de muitas pessoas em diferentes sociedades e culturas.

Nos tempos primórdios, antes do desenvolvimento da linguagem escrita e da educação formal, as pessoas com deficiência auditiva enfrentavam enormes desafios na comunicação e na participação social. Muitas vezes, eram marginalizadas e excluídas da sociedade. No entanto, existem relatos de comunidades antigas que desenvolveram formas rudimentares de linguagem de sinais para se comunicar com pessoas surdas, mostrando um reconhecimento primitivo da importância da comunicação inclusiva.

À medida que a sociedade evoluiu e surgiu a escrita, surgiram registros de abordagens para lidar com a deficiência auditiva. No antigo Egito, por exemplo, havia papiros que descreviam diferentes métodos de tratamento, como a aplicação de certas substâncias nos ouvidos. Na Grécia antiga, o filósofo Sócrates acreditava que a linguagem de sinais era uma forma eficaz de comunicação para pessoas surdas.

Foi apenas no século XVI que surgiram as primeiras tentativas sistemáticas de educar pessoas com deficiência auditiva. Na Espanha, o monge beneditino Pedro Ponce de León foi pioneiro no ensino de crianças surdas, utilizando principalmente métodos orais e de leitura labial. No entanto, a educação formal para surdos só começou a se desenvolver de forma mais significativa no século XVIII, com o trabalho do educador francês Abade Charles-Michel de l'Épée. Ele desenvolveu um sistema de comunicação baseado em sinais manuais que ficou conhecido como língua de sinais francesa e fundou a primeira escola pública para surdos.