sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

LENDA DO TAMBATAJÁ

Na cultura dos povos amazônicos, principalmente o caboclo ribeirinho, existem muitas lendas e crendices sobre as plantas, que são passadas de geração em geração. Quero destacar aqui uma lenda que fala sobre a espécie de planta chamada de Tajá ou (tinhorões ou calúdios).

Esses tajás já foram muito cultivados como plantas ornamentais  para embelezar a frente das casas dos ribeirinhos, pois, os mesmos acreditam que a planta traz proteção e afugenta os maus espíritos, mas  pra que isso aconteça fazem uma espécie de ritual, graças aos poderes secretos que lhe emprestam os mestres da pajelança local.

Normalmente, a planta deve ser regada todas as sextas-feiras de lua nova ou cheia. Dai em diante passam a acreditar que a planta traz proteção e afugenta os maus espíritos. Existem várias espécies de tajás como: tajapeba, o tajá-piranga, o tajá preto, o tajá-de-sol, e o tamba-tajá entre outros.

Palavra indígena que define uma planta da família das aráceas(VIDE),também chamada de tembataiá; tambataiá; tembatajá. (O nome científico da tambatajá é Syngonium auritum).

Mais do que beleza os tajás possuem segredos e mistérios que só a alma cabocla entende e aprecia. Os que conhecem a lenda do Tambatajá sabem a narrativa do surgimento dessa planta e o porquê da população amazônica ribeirinha creditá-la como amuleto do amor.

A LENDA DO TAMBATAJÁ

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

POEMA ( A NOITE NA ILHA)


Dormi contigo toda a noite

junto ao mar, na ilha.

Eras doce e selvagem entre o prazer e o sono,

entre o fogo e a água. 

Os nossos sonos uniram-se

talvez muito tarde

no alto ou no fundo,

em cima como ramos que um mesmo vento agita,

em baixo como vermelhas raízes que se tocam. 

0 teu sono separou-se

talvez do meu

e andava à minha procura

pelo mar escuro

como dantes,

quando ainda não existias,

quando sem te avistar

naveguei a teu lado

e os teus olhos buscavam

o que agora

— pão, vinho, amor e cólera —

te dou às mãos cheias,

porque tu és a taça

que esperava os dons da minha vida. 

Dormi contigo

toda a noite enquanto

a terra escura gira

com os vivos e os mortos,

e ao acordar de repente

no meio da sombra

o meu braço cingia a tua cintura.

Nem a noite nem o sono

puderam separar-nos. 

Dormi contigo

e, ao acordar, tua boca,

saída do teu sono,

trouxe-me o sabor da terra,

da água do mar, das algas,

do âmago da tua vida,

e recebi teu beijo,

molhado pela aurora,

como se me viesse

do mar que nos cerca.


QUEM FOI PABLO NERUDA

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

EU E CÁSSIA IMPERIAL

 

Há dois anos quando estive no estado do Amapá, eu e meu esposo fizemos uma visita na casa de meu cunhado que fazia muito tempo que não íamos lá. Ao chegarmos a sua casa, me deparei com uma árvore coberta de flores, perguntei qual o nome da planta, ele não soube me dizer, fiquei curiosa com tamanha beleza resolvi pesquisar sobre a árvore que tinha visto e encontrei; se tratava de uma Cássia imperial.