A contribuição dos
africanos e seus descendentes que influenciaram sobremaneira a formação
cultural brasileira. A presença africana e afro-brasileira é notável na
família, no vocabulário, na religião, na música, na dança,
na culinária e na arte.
Moleque,
quiabo, fubá, caçula e angu. Cachaça, dengoso, quitute, berimbau e maracatu.
Todas essas palavras do vocabulário brasileiro têm origem africana ou
referem-se a alguma prática desenvolvida pelos africanos escravizados que
vieram para o Brasil.
O
fato de as escravas africanas terem sido responsáveis pela cozinha dos
engenhos, fazendas e casas-grandes do campo e da cidade permitiu a difusão da
influência africana na alimentação. São
exemplos culinários da influência africana o vatapá, acarajé, pamonha,
mugunzá, caruru, quiabo e chuchu. Temperos também foram trazidos da África,
como pimentas, o leite de coco e o azeite de dendê.
No aspecto religioso
os africanos buscaram sempre manter suas tradições de acordo com os locais de
onde haviam saído do continente africano. Entretanto, a necessidade de aderirem
ao catolicismo levou diversos grupos de africanos a misturarem as religiões do
continente africano com o cristianismo europeu, processo conhecido como
sincretismo religioso. São exemplos de participação religiosa africana o
candomblé, a umbanda, a quimbanda e o catimbó.
Algumas divindades religiosas africanas ligadas às forças da natureza ou a fatos do dia a dia foram aproximadas a personagens do catolicismo. Por exemplo, Iemanjá, que para alguns grupos étnicos africanos é a deusa das águas, no Brasil foi representada por Nossa Senhora. Xangô, o senhor dos raios e tempestades, foi representado por São Jerônimo.


