Diz a lenda que em uma terra bem distante onde as flores encantavam a todos,
o rei pediu novas flores a seus súditos.
Em cada casa era cultivada com muito carinho sementes diferentes para
levar a apreciação do rei. Neste ano em especial ele não queria as plantas
florescidas.
Pediu para cada um colocar as sementes em vasos, quando florescessem ele
chamaria o ganhador.
O rei também dizia que se a flor conquistasse o coração de alguma de suas
filhas o jardineiro poderia com ela se casar.
Numas destas famílias, dois irmãos se mantinham ocupados a criar belas
plantas.
Um criou uma delicada flor branca e o outro a mesma delicada flor num
tom lilás bem suave.
A vontade de vencer era muita. Mas estava deixando os irmãos infelizes. O
amor fraternal falava mais alto.
Man semeou a flor branca e Acá semeou a lilás. E em cada vaso tinha o
nome do criador da nova planta.
Durante a noite Man resolveu mudar as sementes porque acreditava que a
sua seria a vencedora. E assim colocou a sua semente no vaso do irmão.
Ele pensou: meu irmão é mais velho e vai ficar muito feliz casando com a
filha do rei.
Eu tentarei no próximo ano.
Uma fada vendo o acontecido se encheu de ternura e durante a noite
dividiu e misturou as sementes.
No dia marcado todos levaram ao palácio os vasos com as sementes
plantadas.
Caberia as filhas do rei aguá-las até florescerem.
E poderiam escolher casar com o dono da mais bela flor, se esta fosse a
sua vontade.
E assim na primavera todos os vasos estavam floridos.
E as princesas se encantaram com dois vasos em especial.
Eles tinham flores lilases e brancas.
Em dois vasos nasceram flores idênticas. Flores de duas cores nascidas
de uma só planta.
Cada vaso tinha o nome de quem plantou. Numa estava escrito Man e no
outro Acá.
O rei anunciou que as duas plantas iguais seriam as vencedoras e teriam
um só nome e assim nasceu o manacá.
E as filhas do rei ao conhecerem os nobres irmãos jardineiros, criadores
de tão lindas flores se apaixonaram como que por encanto.
E neste lindo reino ,reina paz e harmonia a sombra dos “manacás”.